EUA classifica comando vermelho como grupos terroristas! 
Uma delegação vinculada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está no Brasil nesta semana com uma agenda estratégica voltada à segurança pública e ao enfrentamento do crime organizado. Os representantes norte-americanos permanecem no país até o fim da semana e têm reuniões agendadas com autoridades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, dois dos principais polos de atuação das maiores facções criminosas do país.
O principal objetivo da missão norte-americana é compreender com profundidade o funcionamento de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de conhecer as medidas de contenção adotadas pelos governos estaduais ao longo dos últimos anos. A intenção é ampliar a cooperação entre os dois países na luta contra o crime transnacional e, eventualmente, influenciar políticas de sanções por parte dos EUA.
Segundo o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem sido uma das pontes entre o governo Trump e setores conservadores no Brasil, foi sugerido à Casa Branca que considere classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas. A proposta foi inspirada na postura norte-americana em relação ao grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, que já recebeu esse enquadramento.
"A ideia surgiu em uma reunião na Casa Branca, inclusive com sugestão do meu irmão Flávio [Bolsonaro], e foi muito bem recebida por integrantes do alto escalão. Essa classificação abriria caminho para sanções contra governos que se mostrarem omissos no combate a essas facções", declarou Eduardo Bolsonaro.
De acordo com informações obtidas pela CNN Brasil, a comitiva dos EUA deve visitar São Paulo nesta quarta-feira (7) para dialogar com o setor de segurança pública locais
Nesta segunda-feira (5), a agenda da comitiva se concentra em Brasília. O coordenador interino de Sanções do governo Trump, David Gamble, participa de encontros no Itamaraty, no Ministério da Justiça, além de manter diálogo com parlamentares conservadores e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que mantém relações próximas com setores republicanos dos Estados Unidos.
Gamble deve retornar aos Estados Unidos na terça-feira (6), enquanto outros membros da delegação continuam a agenda pelos estados brasileiros.
Questionada sobre o itinerário oficial da missão, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não divulgou detalhes específicos, mas confirmou a presença da delegação e o teor das discussões. Em nota oficial, afirmou:
"O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, liderada por David Gamble, coordenador interino da área de Sanções. A equipe participará de diversas reuniões bilaterais voltadas à cooperação internacional no enfrentamento ao crime organizado transnacional. As conversas incluirão os programas de sanções que os EUA aplicam no combate ao narcotráfico e ao terrorismo."
A visita ocorre em um momento em que a criminalidade organizada no Brasil tem ganhado crescente notoriedade internacional, sobretudo pela sua influência nas fronteiras, envolvimento no tráfico de armas e drogas e, mais recentemente, em crimes digitais e financeiros. A cooperação entre países se tornou crucial para conter o avanço desses grupos, que já operam com estruturas transnacionais altamente sofisticadas.
A eventual classificação do PCC e do CV como organizações terroristas por parte dos EUA poderia gerar implicações diretas na forma como países lidam com essas facções, especialmente em termos de bloqueio de ativos, restrições diplomáticas e exigências de ações efetivas por parte do governo brasileiro. A medida, se adotada, poderá se tornar um divisor de águas na política de segurança regional das Américas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Equipe de Trump quer ouvir secretários de SP e RJ sobre crime organizado.
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