Lula convoca ministro da Defesa e comandante do Exército para discutir novas denúncias contra militares.
Presidente busca esclarecimentos sobre envolvimentos de militares em atos golpistas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira, onde estiveram presentes o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva. O objetivo do encontro foi discutir as denúncias que apontam o envolvimento de militares nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
A reunião, que ocorreu durante o horário do almoço, não resultou em declarações à imprensa por parte do ministro da Defesa e do comandante do Exército.
As denúncias vieram à tona após a revista "Veja" divulgar a existência de documentos no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que forneceu um roteiro para anular a eleição de 2022. Além disso, a tradução afirma que Cid trocou mensagens com o coronel Jean Lawand Junior, conhecido como um dos principais apoiadores do golpe.
Jean Lawand Junior, que atualmente ocupa o cargo de subchefe do Estado-Maior do Exército, teria sugerido, em uma das mensagens, que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria "dar a ordem" para que as Forças Armadas agissem. A revista "Veja" também revelou que Lawand foi designado pelo governo Lula para assumir o cargo de representante militar em Washington, nos Estados Unidos, mesmo sem o conhecimento das denúncias.
Diante disso, o Exército divulgou uma nota afirmando que as opiniões e comentários de ambos os militares não representam o pensamento da cadeia de comando e nem o posicionamento oficial da instituição. Em sua declaração, a instituição garantiu que, como uma instituição de Estado apartidária, o Exército sempre preza pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais. Afirmou ainda que os fatos recentes apenas confirmam a postura legalista do Exército de Caxias, em referência ao patrono da instituição.
Além disso, o Exército confirmou que Lawand Junior está atualmente servindo no Escritório de Projetos Estratégicos do Estado-Maior do Exército. Essas informações destacam a importância de uma investigação completa e imparcial para esclarecer o caso e identificar responsabilidades individuais.
Em conclusão:
É importante ressaltar que o Exército, em sua nota oficial, reiterou seu compromisso com a legalidade e o respeito aos preceitos constitucionais, enfatizando que as opiniões individuais não representam o pensamento oficial da instituição. Contudo, diante da gravidade das emoções, é fundamental uma investigação completa e imparcial para esclarecer os fatos e identificar responsabilidades.
A importância de um sistema jurídico robusto e imparcial se faz evidente nesse momento, a fim de garantir que todos sejam tratados de acordo com a lei e que as instituições do país possam funcionar de forma adequada. Somente dessa maneira será possível restabelecer a confiança da população e garantir que casos semelhantes sejam prevenidos no futuro.
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